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A nova onda já estava prevista por Zhong e teve início em abril, quando a Covid-19 voltou a superar uma gripe comum como a principal doença infecciosa na China. A expectativa é de que, até o final de maio, os casos semanais ultrapassem a marca de 40 milhões de atendimentos.

Os relatos nas redes sociais, tanto chinesas, como o Weibo, quanto americanas, como o Twitter, têm se multiplicado e indicam que o coronavírus está circulando novamente na China. Esses relatos ganharam força com imagens de Xi Jinping, presidente chinês, usando máscaras de proteção durante suas visitas a diferentes locais.

A repercussão também foi observada no cancelamento arrependido e sem explicação de diversos eventos públicos, como uma recomendação de empresários de tecnologia em Xangai, no dia 14 de maio, e um festival de música popular nos arredores de Pequim, no dia 20 de maio.

Zhong, que atua como consultor do governo chinês desde o início da pandemia, falou sobre uma estratégia de controle do país, que agora visa prevenir doenças graves em vez de focar apenas na prevenção de medicamentos. Isso ocorre devido à dificuldade de evitar uma infecção pelas subvariantes XBB da ômicron.

Além do alerta sobre a nova onda, Zhong destacou que duas vacinas chinesas capazes de combater as cepas mutantes XBB, que são dominantes mundialmente, foram aprovadas preliminarmente e estarão disponíveis em breve. Outras três ou quatro vacinas também estão a caminho da aprovação.

Enquanto a China se prepara para lidar com a nova onda, um grupo consultivo da Organização Mundial da Saúde recomenda que as vacinas sejam atualizadas neste ano, especificamente para combater as variantes XBB.1.5 ou XBB.1.16, consideradas “variantes de interesse” pela entidade .

Embora seja esperado que a onda de tolerar na China seja leve, talvez mesmo invisível, devido ao possível até efeito de reinfecção, é importante lembrar que o pico registrado em dezembro de 2022 foi de 37 milhões de casos diários. A perspectiva é de que não haja restrições em grande escala ou testagens obrigatórias em massa.

No entanto, os altos e baixos no cenário epidemiológico se tornaram uma realidade constante. Segundo Xie Xiaoliang, professor da Universidade de Pequim, a China precisa se preparar para outra onda de Covid-19 no inverno, no final deste ano. Xie afirmou que os dados mundiais indicam que os candidatos podem experimentar várias rodadas de picos de infecção.