Politica

28/07/2020 15:52

Atenção - Espaço de Acolhimento da Mulher possui três formas de atendimento e funciona como espécie de delegacia 24 horas

Atendimento emergencial é o carro-chefe do espaço destinado às mulheres que foram agredidas e precisam de cuidados médicos

RUAN CUNHA

 Espaço de Acolhimento da Mulher, recém inaugurado no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), oferece atendimento à mulher numa espécie de delegacia 24 horas e as vítimas de agressão podem buscar à assistência em três situações diferentes, conforme elenca a Secretaria Municipal da Mulher, da Prefeitura de Cuiabá.

O atendimento emergencial é o carro-chefe do espaço destinado àquelas mulheres que foram agredidas e precisam de atendimento médico especializado. Nessa situação, a vítima que acabara de ser violentada pode procurar às dependências do espaço, que foi pensado para oferecer discrição e isolamento a fim de diminuir os impactos psicológicos da agressão. “Uma das principais características desse espaço é pensando na saúde emocional e psicológica dessa mulher, que chega no hospital envergonhada e abalada, de modo que ela não fique totalmente exposta. A agressão física é terrível, porém as consequências emocionais e psicológicas podem ser ainda mais graves, portanto esse cuidado é fundamental nesse tipo de atendimento”, frisou a secretária Luciana Zamproni, titular da pasta da Mulher.

 

Outra situação de atendimento é o referenciado, quando órgãos públicos como, por exemplo, Defensoria Pública, Centros Especializados de Assistência Social, dentre outros, solicitam o acolhimento da vítima de violência doméstica para determinado tipo de serviço oferecido como assistência social, jurídica, médica e psicológica. “Já tivemos, inclusive, encaminhamento feito pelo Núcleo de Defesa da Mulher, da Defensoria Pública, porque eles já nos enxergam como uma referência nesse tipo de atendimento à mulher. Essas mulheres em vulnerabilidade social passam a contar com uma unidade especializada com uma série de serviços que as amparam nesse estágio crítico da vida delas”, disse Zamproni.

 

A terceira situação é o atendimento voluntário, quando a vítima de agressão familiar procura, de forma espontânea, os serviços oferecidos pelo espaço. Esse perfil, segundo a secretária, está entre os mais importantes porque um dos principais objetivos da pasta é estimular a mulher a denunciar o seu agressor, procurar ter conhecimento de seus direitos. “Nós queremos encorajar essas mulheres a fazer a denúncia, mas, para isso precisamos oferecer o suporte. E a ideia do espaço é exatamente estimular essa coragem nas mulheres e demonstrar que há vida após a violência doméstica”, completa a secretária, ainda citando a Nova Casa de Amparo que é mais um espaço destinado às vítimas de agressão.

 

Para a primeira-dama Márcia Pinheiro, a oferta desse espaço dentro de uma unidade de saúde será case de sucesso em todo país, principalmente no quesito de aumento de denúncias, mais penalidade para os agressores e, consequentemente, diminuição dos casos de violência. “Espaço como esse é a porta de entrada para mulher conhecer todos seus direitos e como ela deve proceder contra o agressor. Não tenho dúvidas que esse espaço será um marco para que tenhamos mulheres mais seguras de si, mais empoderadas no que se diz respeito a sua segurança que ela pode contar com o poder público para uma real mudança de vida, como temos oferecido ao longo desses três anos e meio”, elencou Márcia.

 


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