Policial

10/11/2021 11:40

TRÁFICO PESADO TJ mantém prisão de sargento que caiu com helicóptero com 280 kg cocaína

Redação:FolhaMax

Aeronave caiu em agosto em Poconé quando transportava a droga

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou pedido de liberdade ao 3º Sargento do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Alberto Pinto Júnior, preso em agosto deste ano em após confessar que pilotava um helicóptero com 280 kg de cocaína que sofreu uma queda em Poconé (104 km de Cuiabá). O teor da decisão foi publicado nesta terça-feira (9) no Diário da Justiça.

A defesa ingressou com pedido de habeas corpus alegando que a decisão do juiz de Poconé em decretar a prisão preventiva do acusado estaria carente de fundamentação. O magistrado justificou a prisão preventiva pela necessidade de garantia da ordem pública e pela preservação de provas no processo penal.

 

Na visão da defesa, a prisão preventiva poderia ser substituída pela adoção de medidas cautelares como a 

utilização da tornozeleira eletrônica e comparecimento mensal em juízo para informar as atividades exercidas.

Porém, o relator do habeas corpus, desembargador Paulo da Cunha, votou no sentido de que a prisão preventiva é imprescindível ao caso concreto pela gravidade da conduta do acusado.

Isso porque, conforme consta nos autos, Alberto Pinto Junior tentou destruir provas de que estaria transportando drogas ao atear fogo em uma região de mata do Pantanal em período proibitivo.

Além disso, ofereceu propina a um dos bombeiros que compareceu ao local de incêndio para não ser preso.

“Na hipótese,  figura-se necessária, para a garantia da ordem pública, a segregação cautelar de paciente que, exercendo o cargo de Bombeiro Militar, tenta corromper outro agente público, além de meter fogo no pantanal em período proibido objetivando ocultar provas de crime de tráfico, sabendo das consequências desse fogo, pois é 3º Sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, sendo certo que as condutas merece maior reprovação  e tais fatos reforça o quadro de maior da gravidade da conduta imputada ao paciente”, diz um dos trechos da decisão.

O caso

No dia 2 de agosto deste ano, a equipe do corpo de bombeiros apagava um incêndio nas proximidades do local em que o helicóptero tombou, quando avistou o sargento do Rio de Janeiro, Alberto Ribeiro Pinto Júnior.

De imediato, militares o conduziram para a delegacia, pois ele estava com elementos que indicavam que ele causou o fogo na mata.

Durante o trajeto, o suspeito confirmou que era piloto da aeronave, e que ele e sua família estavam sendo ameaçados. Além disso, ele contou que foi contratado para realizar a viagem. O homem ofereceu propina aos bombeiros para que fosse colocado em liberdade, afirmando que havia recebido autorização do seu chefe.

A aeronave está no nome do policial civil do Distrito Federal Ronney José Barbosa Sampaio, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O sargento é de Nova Friburgo (RJ).


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