Agronegócio

03/06/2019 23:52

Favaro projeta Fethab aplicado em estradas e diz que tempestades nos EUA ajudarão produtores de MT

No comando do Escritório de Representação de Mato Grosso (Ermat), em Brasília (DF), o produtor rural e ex-vice-governador Carlos Favaro (PSD) garantiu que o governador Mauro Mendes (DEM) irá cumprir com a lei de reverter o recurso arrecadado do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) para infraestrutura e avaliou que os problemas climáticos com centenas de tornados nas lavouras dos Estados Unidos vão possibilitar aos produtores mato-grossenses o pagamento do imposto sobre o milho, alvo de protesto da classe no mês de maio.

Ex-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Favaro explicou que a classe não se importa em contribuir com o imposto, desde que ele seja aplicado na infraestrutuda, causa que ele lutou durante os governos Silval Barbosa e Pedro Taques (PSDB), do qual ele era vice.
“Fui contra isso durante o governo Silval, quando estava na Aprosoja e não me omiti em manifestar contra durante o Governo do Pedro, onde eu era vice. Estava tendo desvio de finalidade e eu não deixei de manifestar minha opinião... Entendo que é uma cota de sacrifício que a agropecuária mato-grossense tem que fazer pelo Estado. Sei que é difícil pagar impostos, mas os produtores também serão beneficiados, porque quando chega a estrada, chega mais oportunidade para própria agropecuária, assim como para educação, saúde e segurança pública”, disse Favaro em entrevista ao Olhar Agro & Negócios.
O comandante do Ermat também declarou que a cobrança do Fethab sobre a produção do milho está sendo de grande ajuda para o pagamento da folha salarial dos servidores e que o Estado não tem como abrir mão desta contribuição.
“O Governo não faz isso por maldade. A taxação é por pura necessidade, vemos hoje os professores em greve. Estamos com a folha do pagamento sendo paga a partir do dia 10 do mês seguinte. Temos um passivo de resto a pagar que já chegou a R$ 4,5 bilhões, então é uma maneira de reequilibrar o Estado e trazer um serviço público de qualidade”, afirmou.
O ex-vice-governador, por fim, avaliou que os problemas climáticos ocorridos no Estados Unidos, irá aquecer o mercado internacional e os produtores de milho mato-grossenses vão conseguir mais recursos para poder pagar a taxa.
“Eu sei que o milho é uma cultura de baixíssima rentabilidade, mas Deus foi mais uma vez generoso com os brasileiros. Houve um excesso de chuva no plantio norte-americano e 50% do milho não foi plantado na janela ideal. Isso já fez com que o milho reagisse muito no mercado internacional, o que tira a aflição dos nossos produtores, que vão conseguir pagar o Fethab, que é bem pouquinho e será possível”, finalizou.
 


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