Agronegócio

29/05/2018 09:09

Desempenho da avicultura na quarta semana de maio

Frente ao caos inédito que se instalou no setor pela impossibilidade absoluta de trânsito de, praticamente, todo e qualquer produto - o que, na avicultura, inclui desde pintos de um dia até aves vivas e abatidas, ovos de consumo e para incubação, além de rações, matérias-primas, medicamentos, vacinas e demais insumos – tornou-se impossível falar em condições de mercado, pois este se encontra paralisado.

Assim, praticamente todas as cotações de produtos avícolas mantêm-se inalteradas desde a semana retrasada, pois, não havendo negócios (ou sendo estes mínimos), os preços são apenas nominais.

Esse é o caso, por exemplo, do frango vivo comercializado no interior paulista, que permanece cotado desde 17 de maio a R$2,50/kg. Porém, antes mesmo do início do movimento dos caminhoneiros, essa era a tendência de preço da ave viva por todo o restante de maio, a despeito da época do mês, pois a oferta vinha sendo decrescente, só não havendo elevação de preço devido ao menor poder aquisitivo do consumidor no período.

Quando o mercado começar a ser reaberto – o que, sabe-se de antemão, ocorrerá de forma paulatina – pode ocorrer momentâneo aumento na oferta de aves vivas, visto que há um represamento total na saída dos lotes para os abatedouros (independente das aves que vêm morrendo por falta de ração, o volume retido nas granjas desde o início do movimento já se aproxima dos 100 milhões de cabeças).

Mas se um aumento de oferta ocorrer, será extremamente passageiro, pois a demanda também se encontra reprimida. Assim, a tendência é de rápida recuperação de preços - mas não de perdas, sem dúvida irrecuperáveis.

A ressalvar que, no caos instalado, o único produto a registrar retomada de preços foi o frango abatido comercializado no atacado que, dada a carência de oferta, reverteu a queda de preços iniciada antes mesmo da virada da primeira para a segunda quinzena e atingiu cotações que não eram alcançadas desde novembro do ano passado.

Porém, foram poucos os beneficiários dessa retomada. Pois a maioria do setor, quando conseguiu produto para abater, não conseguiu transitar com o produto abatido. E os estoques se acumulam com riscos de perda, pois não há, nos abatedouros, sistema de frio suficiente para a produção acumulada por toda uma semana.


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