Agronegócio

A previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) é de que a produção brasileira de café para a safra 2018/19 (julho a junho), deve atingir valor recorde de 60,2 milhões de sacas de 60 kg, o que significa um aumento de 18% em relação à temporada anterior,quando esse número era de 50,9 milhões de sacas. O crescimento se deve às boas condições climáticas que permitiram o desenvolvimento e enchimento dos frutos.

Como a maioria das lavouras de arábica está em um ciclo positivo de produção bienal, a safra para essa qualidade de café foi estimada em 44,5 milhões de sacas, com um acréscimo de de 6 milhões de sacas em comparação com a temporada anterior. Já o volume da conilon deve chegar a 15,7 milhões de sacas, com um aumento de 27% ante a safra 2017/18, quando a produção foi de 12,4 milhões de sacas. "Boas condições climáticas, especialmente chuvas abundantes, são os impulsionadores da maior produção esperada nas três principais estados do Espírito Santo, Rondônia e Bahia", justifica em parte do relatório.

A exportação brasileira de café também deve crescer, chegando a 35,33 milhões de sacas, o que equivale a um aumento de 4,91% ante o mesmo período do ano anterior, quando as vendas externas de café foram de 30,42 milhões de sacas. De acordo com o USDA, do total desse valor, as exportações de café verde vão representar 32 milhões de sacas e as de café solúvel são projetadas em 3,3 milhões de sacas.

O USDA também estima que o consumo doméstico do produto também deverá crescer, chegando a 23 milhões de sacas. Isso indica um crescimento de 3% em relação à 2017, sendo que 21,82 milhões de sacas se referem ao café torrado e moído e 1,18 milhão de sacas devem ser de café solúvel.

Mesmo com os números positivos a tendência é que o preço do café se mantenha em queda devido à ampla oferta. Nesse cenário, o valor da variedade arábica caiu 11% e o da conilon diminuiu 29% ante os primeiros quatro meses do ano passado.